quinta-feira, 5 de junho de 2008

Europeu de Futebol


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Por: Tiago "Pirado" da Silva

em>Histeria colectiva… ou não!


Em primeiro lugar queria começar por dizer que temos futebol a menos na televisão portuguesa. Isto de a toda a hora ver a cara do Cristiano Ronaldo, está a deixar-me desconfortável com a minha masculinidade.

Em segundo, que já se escreveu e mostrou-se tanto sobre o Euro 2008 e ainda não se vislumbrou uma notícia sobre Futebol. Normalmente em Portugal, quando começamos desta maneira é sinal que vem coisa boa por aí.

Ontem, num desses sempre inspirados “Zappings” pelos nossos, sempre aconselháveis, blocos informativos, fiquei maravilhado e desculpem uma vez mais a adjectivação, com tanta informação útil sobre o real potencial da nossa selecção. Não me lembro exactamente das notícias mas isso não tem importância nenhuma. Nem será indicador de nada!
Nem sei exactamente o que ia escrever a seguir, ah, já sei!
- Que o Cristiano Ronaldo, hoje, foi 5 vezes à casa de banho …
De facto, sou muito mais feliz agora.
- Que os jogadores passearam-se pelas ruas da cidade e que CR deu trinta e três autógrafos e falou com vinte e quatro pessoas.
- Que o Quaresma recusa-se a tirar um brinco que o regulamento do torneio não permite.
- Que o Ricardo é feio…não,
Que o Ricardo anda a fazer infusões de Testosterona para permitir que a voz fique menos aflautada.
- Que o Nani ainda não foi à casa de banho desde que a selecção chegou à Suiça e portanto está com prisão de ventre.

Confesso que sempre que oiço o Chico Buarque de Hollanda, ou o Manuel Alegre, sei lá… ou até ex-jogadores como o Zico, ou outro rapazinho qualquer a falar de futebol, não aprecio particularmente. Estes senhores nem se atrevem a fazer uma pesquisa aprofundada como os nossos jornalistas, ou como o Rui Santos. E peço desculpa pela generalização. Alguns de facto também falam de coisas importantes, como as mulheres dos jogadores, se fazem sexo durante os estágios e outros assuntos necessários à nossa existência. Eu por acaso até gostava de ver o CR e a namorada durante o coito. Acho que isso seria jornalismo de investigação a sério. Do tipo: Uma câmera oculta no quarto de hotel. Porque é que ainda ninguém se lembrou de colocar?
Depois mostravam-nos num especial televisivo numa fusão de “Na cama com…” tipo Alexandra Lencastre, com Voz Off ou comentários do Júlio Machado Vaz. Era giro! Ou não. Ou sim! 

(...)

Estou bem longe de ser crítico relativamente a «ligar a TV e toma! Futebol».
Aliás, a de hoje foi genial, na SIC (claro), mostraram uma espécie de evolução dos bastidores de Cristiano Ronaldo na selecção, desde 2004 (Europeu), Mundial de 2006 e agora o estágio para o tão aguardado Europeu. Não vejo melhor programação para horário nobre de um dos principais canais privados em Portugal (e o mais antigo), que a evolução do acne do Cristiano Ronaldo, ou mesmo a mutação maléfica dos seus dentes. Quem é que quer saber de programas sobre o Maio de 68 ou o Tropicalismo na RTP2?
Felizmente ninguém! Por isso somos a única nação do mundo que conhece de cor, todos os brincos ou a colecção de automóveis, do seu ídolo futebolístico. Vá… eu sei, exagerei! Adiante. Ele até tem um Mercedes (ou lá o que é!) em Inglaterra para as irmãs partirem-no todo, quando vão ao Shoping em Manchester. Isto é que é… Assim a nação inteira, mantém-se vítima dos fenómenos de aculturação e enculturação por parte da TV portuguesa, enquanto o executivo de Sócrates, bate palmas, entretidos, continuando nas trapalhadas governativas habituais. Ei Josélito uma dica: Agora é só esperarem por uma derrota de Portugal para dispararem outra vez com impostos ou combustíveis. Fica a deixa.
Mas isso tu já sabias, né! Olha meu querido Sócrates - vou dar mais um gole no meu leite de soja “transgénico” e vou dormir, à espera de ter sonhos cor-de-rosa com o CR. É sempre bom e desde que não tenha um pesadelo com a namorada deleEur

sábado, 29 de março de 2008

A crítica “anti-fundamentalista”.



Por: Tiago Pirado da Silva

Começo por dizer, como bom anti-fundamentalista que sou, que quem nunca ouviu o Dylan com um aparelho auditivo de Elefante, não sabe o que anda a fazer nesta vida. Proponho, para os que entram neste lote restrito de pessoas e que se encontram (por acidente) a ler este Blog num qualquer 2º ou 3º andar de um prédio, para fazerem aquilo que têm a fazer (passe a redundância): atirem-se deliberadamente para o vazio da vossa existência sem Dylan, que é como quem diz para um terraço qualquer, ou até mesmo, a rua. Importa chamar a atenção para os que, como eu, vivem num 1º andar e cuja janela do quarto (onde me encontro) dá acesso a um terraço, ou seja, 50 cm do chão - arranjem uma alternativa que passe por pegar num garfo, picotar os pulsos e esperar para ver o que acontece. Há uns meses atrás vi, pela primeira vez a tão famigerada lista da revista Rolling Stone – com a lista das 500 melhores canções de sempre, (numa consideração feita pelos jornalistas da redacção, especialistas para o efeito). Sem surpresas, (diria!) vinha em 1º lugar da lista uma canção de Bob Dylan, e, que canção! “Like a Rolling Stone” que é sublime tanto no tratamento literário, como na ostentação musical que preconizou na época. Uma letra transversal e imune à passagem do tempo. Daquelas, que não envelhece. Bob Dylan é para muitos, um candidato natural a Nobel da Literatura, por todo o seu cancioneiro magnífico.

O mais engraçado é que nem considero “Like a Rolling Stone” a sua melhor música, quando penso na densidade poética e marca de estilo Dyliana. Mas isso também não importa nada. Gosto particularmente de letras obscuras como “Visions of Johanna” ou “Jokerman”. E ainda hoje encosto o carro se por um equívoco de alguma estação de rádio, oiço o tema “Tangled up in Blue”, ou até mesmo “Buckets of Rain”. Dylan terá dito mesmo que com o álbum “Blonde on Blonde”- aproximou-se como nunca do som que saía ou tocava na sua cabeça. Sendo a sua faixa preferida, justamente “Visions…” que não sabemos, se de uma Joan Baez, se do Diabo, se do quê?
Bom!!! O meu braço esquerdo (naturalmente mais próximo do coração) começa a fraquejar. Estou rodeado de vermelho e incapaz de continuar a batalhar com este teclado. E isto é - tudo o que vejo acontecer agora.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

As coisas que se dizem

"Levar a sério o que diz um político ... pode causar infertilidade e, havendo coerência legislativa, a lei do tabaco deveria aplicar-se às declarações políticas, que só poderiam ser proferidas ao ar livre ou em sítios com adequada extracção de ar e de credulidade."


Manuel António Pina, "Jornal de Notícias", 20 de Fevereiro de 2008



Esta é uma frase demasiado estúpida, até mesmo para um blog estúpido, mas este está nos seus últimos dias sob minha desorientação. Vou passá-lo ao meu irmão e, se ele não quiser, apaga-se.



quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

A foto mais reveladora de sempre...e o resto é ciência.

Esta foto foi considerada a cover mais bem conseguida de sempre na história de todas as edições, já publicadas, da famosíssima magazine Rolling Stone. Importa, contudo, fazer uma análise mais psicanalítica da mesma.


Aqui o casal Lennon/Yoko despe-se de preconceitos (pelo menos John) e transporta para a objectiva da câmera fotográfica a deprimente intimidade do casal. Num segundo olhar mais atento, apercebemo-nos que, com o simbolismo da devoção de John Lennon por Yoko Ono, bastante Edipiano por sinal, contrasta uma Yoko Ono aparentemente indiferente. Acabadinha de acordar até.

Depois de anos e anos de estudo, verifiquei o seguinte.

Será que ninguém nunca se interrogou, num também simbolismo da relação corpo-espaço...
Meus amigos, mas afinal a palavra - Yoko não significa “Lado” em Japonês - E em que posição está John??
Pois é! Aí têm…

Esta mulher é sem dúvida a responsável de colocar Lennon de lado(parte) nos Beatles...Nunca vi uma prova tão contundente.
Para a semana trago-vos uma matéria sobre o inebriante sorriso de Mona Lisa, que Da Vinci nunca soube explicar muito bem. Aliás, por acaso até é mais: um sorriso de qualquer coisa acabada em IDA.




quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Allgarve

E este mapa, diz que estava no Financial Times. Eu acredito.
Pelo menos, já podemos facilmente por gasolina em Espanha quando vamos ao Algarve.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

No café

Esta Jovem encontrei-a ali no café da esquina.

Vagabundo

Na fotografia, em cima e à direita, podem ver o moderador deste blog, a brincar pacientemente com um qualquer vagabundo, dos muitos que abundam em Lisboa. Deviam esterilizá-los.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Kailua-Kona (no Havai)

Um companheiro cibernauta neo-zelandês, fluente em várias linguas modernas, enviou-me algumas fotografias e impressões vívidas de Kailua-Kona, ou simplesmente Kona, no Havai. Parece paradisíaco. Há praias fantásticas, como a famosa Beach 69.
Tudo isto existe e até nem é nada triste. E o fado também não é para aqui chamado. Tomem lá esta fotografia para terem uma ideia melhor e deixarem as piadas fáceis e ordinárias. Querem ver que já não se pode ir a Kona.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

O penico

A minha parte preferida da visita ao veterinário é quando este chama, não o dono, mas o próprio animal em si. Dá-se uma inversão curiosa de sujeito e, além disso, ouço sempre alguns nomes extraordinários: «Afonso Henriques, faça favor de entrar … Blimunda, chegou a sua vez … Rafael Fonseca… Américo Tomás … Ligeirinho Costa … Bolinha de Neve … Rafeiro da Selva … etc.».
E não o esqueçamos, o veterinário é fundamental para o metabolismo social nos nossos dias. Há muita gente que não consegue ter a caixa dos pirulitos afinada quando ouve o respectivo bicho espirrar duas vezes seguidas.

Aqui ao lado está uma escultura egípcia em exibição no Louvre. Estático o gato, como em quase toda a arte egípcia, mas expressivo. No Antigo Egipto adoravam os gatos como se fossem deuses, versão que prefiro às queimas de gatos medievais. Até porque talvez sejam mesmo deuses que por cá andam para ver como mijamos fora do penico.



quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

O Regresso do... Pirado da Silva!

Estas últimas tendências do espírito humano, muito presentes em algumas ruas do bairro alto em determinados horários, começam a condicionar a minha vida. Mas isso agora não interessa nada.
No outro dia, ao dirigir-me à loja «area» das amoreiras para preencher um formulário, para me candidatar a um “part-timezinho”, deparei-me (incrédulo) com a seguinte alínea:
- Em vez do famoso questionário rápido - com a alínea a perguntar o género ( M ou F), para masculino ou feminino; tinha esta pergunta - “Orientação Sexual?” com as seguintes hipóteses de resposta – Homo (de homossexual), HETE (de heterossexual), Bi (de bissexual) e OB (Outras Brincadeiras).
Naturalmente, respondi – Heterossexual, pelo menos, posso afirmar convictamente que sou, em anos bissextos.
Foi com grande tristeza que constatei que a minha candidatura havia sido recusada à partida, por não encaixar no perfil de empregado pretendido pela loja. E depois querem que haja paz no mundo. Fui claramente vítima de um extremado preconceito, por causa da minha orientação sexual. Claro que não ficou por aqui esta escória (perdão! estória sem h)… Se eles pensavam que eu iria desistir por uma pequena parvoíce, enganaram-se redondamente.
É evidente que fiz o mais sensato. No dia seguinte, aprontei-me a apresentar-lhes o meu namorado, explicando que tinha repensado a minha orientação sexual e que por isso merecia uma nova oportunidade para preencher o formulário, e, que desta vez, não teria forma de me enganar em nenhuma resposta.
Moral da história (com h), não só tenho um novo emprego, como uma nova relação.