sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Kailua-Kona (no Havai)

Um companheiro cibernauta neo-zelandês, fluente em várias linguas modernas, enviou-me algumas fotografias e impressões vívidas de Kailua-Kona, ou simplesmente Kona, no Havai. Parece paradisíaco. Há praias fantásticas, como a famosa Beach 69.
Tudo isto existe e até nem é nada triste. E o fado também não é para aqui chamado. Tomem lá esta fotografia para terem uma ideia melhor e deixarem as piadas fáceis e ordinárias. Querem ver que já não se pode ir a Kona.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

O penico

A minha parte preferida da visita ao veterinário é quando este chama, não o dono, mas o próprio animal em si. Dá-se uma inversão curiosa de sujeito e, além disso, ouço sempre alguns nomes extraordinários: «Afonso Henriques, faça favor de entrar … Blimunda, chegou a sua vez … Rafael Fonseca… Américo Tomás … Ligeirinho Costa … Bolinha de Neve … Rafeiro da Selva … etc.».
E não o esqueçamos, o veterinário é fundamental para o metabolismo social nos nossos dias. Há muita gente que não consegue ter a caixa dos pirulitos afinada quando ouve o respectivo bicho espirrar duas vezes seguidas.

Aqui ao lado está uma escultura egípcia em exibição no Louvre. Estático o gato, como em quase toda a arte egípcia, mas expressivo. No Antigo Egipto adoravam os gatos como se fossem deuses, versão que prefiro às queimas de gatos medievais. Até porque talvez sejam mesmo deuses que por cá andam para ver como mijamos fora do penico.



quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

O Regresso do... Pirado da Silva!

Estas últimas tendências do espírito humano, muito presentes em algumas ruas do bairro alto em determinados horários, começam a condicionar a minha vida. Mas isso agora não interessa nada.
No outro dia, ao dirigir-me à loja «area» das amoreiras para preencher um formulário, para me candidatar a um “part-timezinho”, deparei-me (incrédulo) com a seguinte alínea:
- Em vez do famoso questionário rápido - com a alínea a perguntar o género ( M ou F), para masculino ou feminino; tinha esta pergunta - “Orientação Sexual?” com as seguintes hipóteses de resposta – Homo (de homossexual), HETE (de heterossexual), Bi (de bissexual) e OB (Outras Brincadeiras).
Naturalmente, respondi – Heterossexual, pelo menos, posso afirmar convictamente que sou, em anos bissextos.
Foi com grande tristeza que constatei que a minha candidatura havia sido recusada à partida, por não encaixar no perfil de empregado pretendido pela loja. E depois querem que haja paz no mundo. Fui claramente vítima de um extremado preconceito, por causa da minha orientação sexual. Claro que não ficou por aqui esta escória (perdão! estória sem h)… Se eles pensavam que eu iria desistir por uma pequena parvoíce, enganaram-se redondamente.
É evidente que fiz o mais sensato. No dia seguinte, aprontei-me a apresentar-lhes o meu namorado, explicando que tinha repensado a minha orientação sexual e que por isso merecia uma nova oportunidade para preencher o formulário, e, que desta vez, não teria forma de me enganar em nenhuma resposta.
Moral da história (com h), não só tenho um novo emprego, como uma nova relação.





segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Fel

Há coisas que têm graça não em si mesmas, mas quando pensamos em quem as diz. Como nesta entrevista de Vasco Pulido Valente:

"- Vai escrever as suas memórias?
- Só escreveria memórias se toda a gente sobre quem falasse já tivesse morrido…

- Porquê?
- Para não correr o risco de ofender ninguém."



sábado, 15 de dezembro de 2007

A seca da semana

Um poeta e um bêbado escalam uma montanha. Sentem-se cansados e com fome quando ao seu encontro vem um S. Bernardo, com o pequeno barril de madeira ao pescoço, carregando uísque.
Diz o poeta:
- Estamos salvos! Lá vem o melhor amigo do homem!
Diz o bêbado:
- Eh pá, não é que vem mesmo! E até traz um cão!





sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Real Politik da Buraca

Hoje ouvi qualquer coisa como isto numa rádio regional (podia não ser!):

«Em primeiro lugar, eu gostava de começar por dizer, para começar, que sobre essa matéria foram já acauteladas as devidas providências. Isto para que a oposição não diga, como é de costume, que os problemas não foram devidamente tratados. O acordo vai ser ratificado entre as duas empresas, como efectivamente se espera ainda antes da sua assinatura, e a matéria foi amplamente discutida como sempre dissemos que entendíamos que deveria ser sempre nestas situações. 'Tá bem assim ,'tá?»

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Sabia que...

...crianças no banco dianteiro podem causar acidentes? E não é tudo. Também certos acidentes no banco traseiro podem causar crianças.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

A imprensa britânica revisitada

Em Yes Minister assisti à melhor definição da imprensa britânica, principalmente o tablóide The Sun:

Jim Hacker (ministro, depois primeiro ministro): - Não me falem da imprensa! Eu sei exactamente quem é que lê os jornais: Os que lêem o Daily Mirror pensam que governam o país; os leitores do The Guardian acham que deviam ser eles a governar o país; Os leitores do Times governam de facto o país; os do Daily Mail são as mulheres dos que governam o país; os do Financial Times são donos do país; os do Morning Star acham que o país devia ser governado por outro país; E os do Daily Telegraph acham que de facto somos governados por outro país!!

Sir Humphrey: - Senhor Primeiro Ministro, então e os que lêem o The Sun?

Bernard: - Esses não querem saber quem governa o país, desde que tenha grandes mamas!

Crocodilos há muitos

Não só só os sorrisos. As lágrimas também. Há algum tempo, uma figura política muito conhecida, que se «emocionou» com as críticas de um popular, ainda ouviu: «isso não são lágrimas, ó senhora, isso é mijar p'los olhos!»

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

O chumbo do DN

«Ministério atribui má classificação dos alunos portugueses a chumbos», escreve-se no DN. Há notícias assim. Se se tratasse de algum tiroteio, poderia dizer-se «Polícia atribui mortes às balas».

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

A explicação

Há dias uma muito útil reportagem da televisão mostrava como, com a ajuda de um saco de alumínio, os amigos do alheio podem passar os alarmes das lojas sem serem detectados. A explicação era de facto muito boa. Consequentemente, o número de furtos aumentou cerca de 20% de então para cá. Vários amigos desse tal alheio foram também apanhados nas câmaras de vídeo a ensaiar a operação.





sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Vou ali à casa de banho, mas primeiro vou tirar um curso

Fascinante, a moderna casa-de-banho japonesa. Naturalmente, os criadores de tão prodigiosa tecnologia não poderiam ter ficado pelas nossas arcaicas sanitas e bidés, que nem sequer têm ligação à Internet.
Quando e como se chegou à criação de casas-de-banho onde não há papel? Como é feita a higiene nestas casas-de-banho? Por que é que já vários turistas imprevidentes apanharam aqui grandes molhas? O que se passou? Vejam para isso este artigo da Wikipédia (ainda não foi traduzido), e imaginem-se numa casa-de-banho onde há um híbrido sanita-bidé, ou lá como é que aquilo se pode chamar, como um painel de comandos como o da fotografia. Nada de papel, e com direito a uns prazenteiros (espera-se) jactos de água e ar quente no traseiro e não só. Hmmm…


imagem: Wikimedia Commons


quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Multi-roubo


Portugês traiçoeiro II

Estas coisas acontecem. Hoje uma senhora muito púdica, que estimo e respeito apesar de tudo, disse, alto e bom som, a propósito de nomes muito compridos: «diz que o D. Duarte de Bragança também o tem, ui, muito comprido, mas eu não sei como é». Bom, azar da sua realíssima esposa, D. Isabel de seu nome. Ou não. De qualquer modo isso é outra conversa.

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

H O M E J A C K I N G (ina 'cum catano!)

Homejacking. Se ainda não sabem, é o acto ou efeito de assaltar alguém, estando o própio em casa, a dormir ou a fazer outra coisa qualquer. Mas suponho que, se a vítima for um pobretanas, dirá antes que o roubaram, assaltaram, surripiaram, furtaram, extorquiram, fanaram, gamaram, apilantraram, etc. Mas nunca que foi vítima de homejacking.
Analogamente, ser vítima de carjacking – ser assaltado quando se está dentro do próprio carro - não é para quem tem um Smart ou uma Famel Zundapp, é só para os felizes possuidores de um BMW M3 ou equivalente. Fonix!

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Ácido acetilsalicílico

Anedotas como estas fazem o meu dia:

Na farmácia:
- Bom dia, desejava uma embalagem de ácido acetilsalicílico.
- Ácid… ah, quer aspirina ?
- É isso! Nunca me lembro dessa palavra !

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

"Madalena" - Segundo Tiago Pereira da Silva

Por: Tiago Pirado da Silva

foepkwpko efwpko efwfeopkw poefkwe pofkw pokefopkefwefkop wpko efwpok efwpok efwpko efwpo kefp okefpeo kfwpo kfew...oopkewopkopoopopkkopkok p kopp pkowepoew pko pkop p pkdpo k pkoppp pko pkoopk p popkpppp wep ewepp ...

Isto é a entrada de piano de César Camargo Mariano no tema "Madalena" de Ivan Lins, na versão de Elis Regina. Mas no teclado do meu computador.
Ah, já me esquecia! Eu também não sei tocar piano.
Pronto! Já sei o que estão a pensar! Esta é, provavelmente, a piada mais estúpida de sempre.
Gosto também de recorrer aos advérbios de modo.
Não... Que estúpido, este é de dúvida e não de modo.




quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Mas que macaca!

Em entrevista a uma jornalista da SIC, José Cid discordava da ministra da cultura (não começamos mal) quanto à ideia de que em Portugal não há nenhum cantor que desse um bom ministro da cultura, por oposição ao caso brasileiro de Gilberto Gil. Depois, dando o exemplo, enumerou algumas possibilidades: Fausto, Carlos do Carmo, ele próprio.
Eu levo a politica a sério e por isso devo dizer que se a alternativa fosse entre Isabel Espantalho de Lima e José Cid, votava no cantor de Como um macaco gosta de banana (por falar nisto, é nesta música que penso quando vejo esta ministra: «o teu focinho é que não me engana»).
A título de curiosidade, a moda de cantar sem largar os óculos escuros nem para ir à casa de banho no intervalo surgiu com José Cid e não com Pedro Abrunhosa.



Rir é o melhor remédio e não é só isso

Os nossos actos, exclusivamente humanos ou não, em todo o caso onde se exprime a nossa especificidade biológica, não poderiam deixar de nos interessar.
Tenho uma amiga que fotografa pessoas a ler. Compreendo o fascínio. Há grandes diferenças, às vezes entre as expressões de uma mesma pessoa, conforme está mais ou menos embrenhada na leitura.
Há também os voyeurs, que adoram ver outros a fornicar.
No meu caso, é com o riso. Adoro ver pessoas a rir. É contagioso. Faz bem. Até pode ser uma dieta: se for em quantidade e intensidade suficiente, provoca contorção abdominal e eliminação de massa adiposa.
Em todo o caso é digno de aturado estudo e mereceu já a atenção de filósofos da categoria de um Bresson, que lhe dedicou belíssimas páginas do seu O Riso: Ensaio sobre a Significação do Cómico, cujas teses discutiremos mais tarde, procurando a necessária humildade; é que isto levanta discussões próprias da filosofia, também no sentido em que não parecem ter solução à vista. Por que é que rimos? Como explicar este intricado processo neurofisiológico também do ponto de vista das suas origens? Quando é que o homem começou a rir e de quê? O que é que provoca o cómico? (Bresson diz que é apenas o humano; não rimos de uma paisagem, do vento, das marés ou de um animal, a não ser quando tocam ou são tocados pelo homem, como no caso das tosquiadelas ridículas que fazem aos poodles). Só o homem ri. Ou não?
E depois há o riso em si, enquanto fenómeno audível e visível pelos outros. Há quem ria envergonhadamente em qualquer circunstância, como se não quisesse ser visto a rir, a divertir-se. Há quem, literalmente, expluda a rir, a ponto de assustar quem esteja distraído nas imediações. Há quem tenha um riso ‘social’, em que talvez opte por não mostrar a dentição, se for muito assimétrica; para depois rir em privado, com o ar a assobiar entre os buracos dos dentes e a babar-se para cima dos outros.
Se pudesse, candidatava-me a um doutoramento sobre o assunto, mas tenho medo que não me levem a sério.

A rapaziada da imagem não perdeu de todo o juízo, antes leva muito a sério o riso, a ponto de ter criado o Dia Internacional do Riso.


terça-feira, 20 de novembro de 2007

Geração Prozac

Brincadeiras à parte, quando se diz que os desenhos animados do meu tempo, ou mesmo de há uns escassos vinte ou trinta anos já não estão adaptados às crianças de hoje, desconfio. Não, fico à beira de um ataque de nervos.
Já achava parvo o suficiente tirarem o cigarro ao Lucky Luke, apesar de que o cowboy mantém o seu estilo com uma espécie de palha ao canto da boca.
Mas isto de o New York Times (hum…) dizer que a Rua Sésamo já não se adequa ao público infantil porque o monstro das bolachas se arrisca a contrair diabetes se continuar a comê-las constantemente (às bolachas) e que Óscar, que está sempre zangado, é um personagem da era pré-Prozac (?), é pá poupem-nos.
Poderíamos continuar e falar sobre o papel dos pais e dos professores, mas penso que não vale a pena, ou ainda ficamos todos a precisar de ir ao psiquiatra.
Isto não é ser mais papista que o papa, é ser estúpido. Talvez queiram também proteger os miúdos das sovas que o Asterix prega nos exércitos romanos. Talvez retirem o Cascão da turma da Mónica porque não toma banho. Talvez concluam que o Gastão pode traumatizá-los, já que nem todos podem encontrar com tanta facilidade um trevo de quatro folhas! Quem é que precisa de Prozac nesta história?


terça-feira, 13 de novembro de 2007

Bitaites

Encontrei por acaso este blog giríssimo (link para a categoria 'humor'). Foi lá que roubei esta foto.

sábado, 10 de novembro de 2007

Atenção, curvas na estrada

«Vê, vê! Andas distraído, rapaz!»
Assim falava o meu amigo C, quando vínhamos dum copo no Bairro Alto, enquanto a sua cabeça girava quase 180º, como a miúda possessa do filme
O Exorcista, para seguir com os olhos quase a sair das órbitas a figura esbelta e curvilínea com que acabáramos de nos cruzar. Também para este meu amigo há no corpo feminino uma proporção, que talvez seja a tal “proporção áurea” (aproximadamente 1.6180339887) de que já falavam os gregos antigos, entre as elipses das ancas e da cintura, e cujo efeito nos machos costuma ser qualquer coisa entre um sorriso e uma taquicardia. Sempre me fascinou, embora não tenha por hábito girar a cabeça com semelhante amplitude.

«Isso é um exagero, eu não viro a cabeça para olhar para trás», protestou C.
Galileu, ameaçado pela Inquisição, disse a respeito do movimento orbital da Terra o mesmo que eu digo com relação à cabeça do meu amigo:
«E no entanto ela move-se...»


terça-feira, 6 de novembro de 2007

Tenham medo (vem aí a Melga)

Quando a apresentadora do telejornal fala em “fusão” para descrever a relação pornográfica entre o BCP e o BPI, penso em David Cronenberg e no filme A Mosca. Imagino Joe Berardo, agressivo, a gritar «fuck them» para Fernando Ulrich (ora aí está um bom nome para um ogre; sem o 'Fernando', claro) e o outro que não sei como se chama, enquanto estes tentam meter-se num telépodo (são aquelas ‘cabines telefónicas’ onde se metiam os objectos ou pessoas a teletransportar) para se fundirem num só, maior e ainda mais feio e mais bronco que Berardo. Mas depois, no meu pesadelo, o próprio Berardo tropeça e cai para dentro dum telépodo, transformando-se num ser híbrido, cruzamento entre um chimpanzé e um torneiro mecânico. Horrível. Eis senão quando acordo deste filme, que bem poderia chamar-se A Melga e pouco depois saio de casa sem tomar o pequeno-almoço.




Deixem-me estar sossegado!

Um sujeito que eu não conheço e a quem nunca fui apresentado passa às vezes por aqui e, embora não ponha as vírgulas onde elas mais fazem falta, sempre deixa observações com interesse. Também eu acho que isso da tradição já não é o que era. Senão vejamos.
Estava eu refastelado no sofá, resolvi dar um passeio pelos canais da televisão (sei que muitos preferem dizer zapping). Sem pretensões, apenas queria divertir-me ou espairecer um bocado. Mas não estava preparado para tanto.

Parti da RTP, que transmitia o País Regiões e encalhei na TVI, dando com uma das suas novelas fantásticas, do género Deixa-me Amar e Não Fujas, etc. O que de repente vi foi cerca de uma dezena de raparigas enfiadas numa casa-de-banho dum liceu, sendo que nove destas não tinham lá ido para fazer nada, mas apenas para acompanhar a necessitada. Isto é verosímil, claro, até aqui tudo (mais ou menos) bem. Ora duas dessas raparigas estavam de pé, mas muito curvadas, de modo a expor a farta cabeleira perante as outras, cuja tarefa era procurar piolhos e lêndeas suspeitos. Ainda não estamos perante nada de impossível, a não ser no momento em que, perante a descoberta real de insectos daquelas duas espécies, todas as outras raparigas se raspam rapidamente aos gritos estridentes de «é super nojento, sei lá», «ai que coisa mais horrível», etc.

À procura de algo menos hilariante, desci à SIC e então… Então é melhor contar apenas o que se estava a passar. Uma rapariga muito chorosa (sim, a Floribella, com dois ‘L’), falava num tom escatológico com uma suposta mãe que não estava presente (algo como ‘minha mãe porque me abandonasteS’), porque quando estava presente ela sabia sempre o que fazer e agora já nem as suas sapatilhas da sorte (sic) lhe mostravam o caminho. E então continuava a falar com a mãe (na verdade, era uma planta, ou uma mãe transformada em planta, ou vice-versa, ou qualquer outra coisa), a chorar tristemente, até que o céu se iluminou, raios divinos abriram as nuvens e eu mudei de canal. Deixem-me estar sossegado!

Eu que costumo dizer que a realidade supera sempre a ficção sinto-me tentado a dizer antes «a realidade supera a ficção, a não ser que seja a da SIC, da TVI, ou da RTP».

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

A tradição já não é o que era!

Por falar em hipérbole... Gostaria de escrever sobre uma parvoíce qualquer, daquelas a que recorro muitas vezes. Aliás, nada de estranhar para quem me conhece, como parvo que sou.
Recorrendo mais uma vez ao sentido enfático de hipérbole, para dizer que os tempos é que são e estão um exagero. Se não vejamos:
Antigamente, aqui no terraço de casa, os meus irmãos e eu passávamos (algures na pré-adolescência, quando as hormonas ainda não nos mandavam para outro sitio) grandes temporadas a: brincar ao futebol, às escondidas, a fugir do meu irmão André (que nos batia), construir carros de rolamentos, a subir aos telhados dos prédios ao lado, etc. Bons tempos esses, em que o nosso sentido de responsabilidade era inversamente proporcional às idades de todos os inquilinos do prédio somadas.
Isto tudo mais ou menos até à idade de uma hormona chamada testosterona nos dizer: "Eh pá o que é que estão para aí a fazer? Vão comer gajas, meu!"
Atenção! Repararam? Recorri a outra figura de estilo. Desta feita, a personificação.
Que giro este texto.
Bem... mas vamos a exemplos concretos de como os tempos estão mudados.
Este ano de 2007 está a ser um ano riquíssimo em acontecimentos sobrenaturais aqui no prédio. Acordei, no outro dia, com uma barulheira que parecia vir do terraço. Qual não é o meu espanto quando ao dar a volta para ir ao terraço vejo um miúdo cá em baixo e outro ainda pendurado na janela do 2ª andar. Eu, ainda meio taralhoco, esfreguei bem os olhos para ver se estava a ter algum surto de... mas não. Resumindo e baralhando, os miúdos justificaram-se dizendo que as miúdas os tinham trancado no quarto e que por isso a única salvação era começarem a sair todos pela janela. Eu disse:
- "Ah bom. Isso é normal!"
Muito mais sensato, cair no terraço do vizinho, ir dar a volta pelas escadas e pedir, novamente às raparigas (desta feita) para entrar (e não deixar sair) pela porta da rua.
Claro que, como gajo porreiro que sou, deixei a turma toda sair pela janela. É que derivado do facto dos rapazinhos e rapazinhas não terem tido aula de substituição, culpa de algum professor que é um vagabundo e não quer trabalhar, os miúdos ainda se arriscaram a fracturar a tíbia ou o perónio. Eh pá, não pode ser. Malandros dos professores.

Segundo episódio, este, mesmo insólito:
No outro dia, com a minha mãe e eu em casa, um dos jovens moradores do prédio ao lado, cujo terraço também tem acesso ao nosso, tocou-nos à campainha. Quando ouvimos uma voz do outro lado da porta a dizer: "Sou eu o....., esqueci-me da chave". Como é uma situação que acontece com alguma frequência num ano, naturalmente abrimos a porta para deixar o miúdo entrar. Agora o que não esperávamos era abrir a porta ao nosso jovem vizinho e encontra-lo em trajes menores (cuecas), de meias, com as calças e sapatos na mão. Acelerando para o terraço como se nada fosse, com um simples: "Obrigadão Tiago, desculpe lá D. Cidália" e seguiu à sua vida.
É assim mesmo juventude. Foste aliviar uma inquilina qualquer do prédio.
Isto é que é prestar serviços à comunidade.
Nós realmente fomos uma geração rasca, que não se desenrascava, absolutamente - nada. Vamos ver o que ainda nos reserva este próspero ano de 2007. Façam as vossas apostas!

Por: Tiago Pereira da Silva

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Hipérboles e outras metáforas

A hipérbole é uma das figuras de estilo que mais usamos. Também pode ser uma curva, mas isso não é para agora. Caso não se recordem, consiste em exagerar uma expressão de modo a conseguir um efeito enfático como em «estou à espera de um aumento há séculos» ou «lá estava ela, morrendo de cansaço». É aliás frequente recorrer à ideia de morte nas hipérboles. Os Monty Python basearam uma das suas melhores rábulas na ideia de «morrer a rir». Tratava-se de uma piada extraordinária, a melhor que jamais alguém escrevera. Era de tal modo que ninguém poderia ouvi-la sem acabar por morrer de tanto rir, desde o autor da dita até ao exército alemão na II Guerra Mundial (podem vê-la e ouvi-la aqui, depois de escreverem o vosso testamento).
As crianças são useiras e vezeiras desta figura: «levas um soco que até desmaias» ou «levou cá uma assim, que foi parar à Lua».
Nos bancos da escola também se nota, e em testes então nem se fala. Os professores de História poderiam escrever milhões de livros (pimba, mais uma) com material deste, como o História de Portugal em disparates, em que muitos deles são hipérboles. Como a daquele aluno que achava que Camões tinha salvo Os Lusíadas ultrapassando o Cabo das Tormentas a nado. Man, ganda Camões! Na altura isso ainda não era possível.
Há povos mais «hiperbólicos» que outros. Os latinos são sem dúvida mais hiperbólicos que os germânicos ou os eslavos, embora quanto a estes últimos deva fazer uma salvaguarda, pois não falo nenhuma língua eslava. Mas acho bem mais provável ser um português ou um italiano a dizer que o Sporting ou a Lázio nunca mais vão ganhar um campeonato outra vez, ou a contar como foram um dia qualquer ultrapassados na autoestrada (quem sabe uma estrada secundária ou mesmo rua estreita) por um tipo que era doido (uma hipérbole meio metafórica), vinha sem luzes e não se via nada, no mínimo a duzentos. Quem sabe de marcha atrás…


quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Será a língua portuguesa assim tão traiçoeira?

Há situações em que a língua portuguesa é muito traiçoeira. No fundo, não é bem a língua. Eu diria que é mais a cabeça…
Vejam como há tanta gente que gostaria de poder evitar estas situações. A essas pessoas resta-me dizer, em jeito de consolo, que talvez a Paula Bobone ainda venha a escrever um «livro» sobre isso. Enfim, um evitável desperdício de celulose. Vamos sem demora ao 1º exemplo:
(No café, a cliente pede ao empregado um copo de leite )
- «Desculpe, o senhor tem Vigor?»
- «Lamento, minha senhora, mas hoje não…

2º Exemplo:

A dita senhora (está mesmo a pedi-las) pede um croissant com chocolate, para acompanhar o leite Ucal; o empregado serve-lhe um croissant com uma barra de chocolate lá dentro.

- Não se importa de me aquecer?
(o empregado, solícito) - Com certeza…

Para finalizar, e porque esta espécie de piadas assim a dar para o «lácteo» me lembra uma cena que testemunhei há muitos anos: uma rapariga corria desenfreadamente para apanhar o autocarro. Esvoaçavam cabelos, os braços agitavam vários sacos com embrulhos. Baloiçava para baixo e para cima o farto peito. Nele se podia ler, estampada na camisola, a publicidade: Batidos Milupa.
Mas isto de dizer que uma língua é traiçoeira é ver as coisas ao contrário. É a mente, jovens. Ou melhor, é a mente jovem. Senão vejam como também a minha e a vossa funcionou nestes casos.

sábado, 27 de outubro de 2007

Pornografia em Portugal

Educação sem escolas, partos em ambulâncias, polícia nas delegações sindicais, tratados europeus à rebelia do povo...
É caso para dizer "querer é poder", para este José Fócrates.

Mais Pão com Manteiga !

Pão com Manteiga, o genial programa da Rádio Comercial dos anos 1980, vê agora os seus textos reeditados pela Oficina do Livro. Já aqui o dissemos, este momento ímpar do humor português é uma grande referência para o Sapo e a Parafusa: se não tivesse havido o Pão com Manteiga este blog não existia (os autores ainda estão todos vivos, para o caso de querem ajustar contas com eles). Nomes: Carlos Cruz, José Duarte, Mário Zambujal, Orlando Neves, Bernardo Brito e Cunha e Eduarda Ferreira. Acho que vivem em Lisboa.
Vão agora poder saber, entre muitas outras histórias, a do velhinho que era tão velhinho mas tãããããõ velhinho, que a última que tinha dado ainda se escrevia com ‘ph’.

acima: capas da ed. original e reedição


quarta-feira, 24 de outubro de 2007

A TVI e os elefantes em telhado de zinco quente

A probabilidade de encontrar uma notícia no noticiário da TVI é basicamente a mesma que encontrar uma agulha num palheiro. Ou ver um elefante no espaço - como aqui ao lado, atrás desta pedra. É sempre isto e aquilo e o galo que bateu com a cabeça, entrou em sentido contrário e cantou toda a noite numa aldeia do Ribatejo. Ou o novo namorado do namorado da Elsa Raposo ou da outra que quase se divorciou mas que afinal.
Também têm, verdade seja dita, perspectivas muito particulares sobre coisas importantes, é certo. Como a opinião do Miguel Sousa Tavares sobre fumadores ou sobre o Pinto da Costa, e de que isto é só corruptos para aqui e para ali e nós é que pagamos as favas, mesmo sabendo que não é ele que as paga. E assim o Miguel dá uns ares, apesar daquela voz que as quatro mil substâncias do fumo dos seus cigarros entretanto carbonizaram. E que o fazem produzir um ronco tão grave que dava jeito que lhe distorcessem a voz, tornando-a mais aguda, como fazem sempre que entrevistam uma das testemunhas do processo Casa Pia que ainda não foi ameaçada de retaliações vezes suficientes para se passar rapidamente da acusação para a defesa ou para o Gaiato.
Mas isto vinha apenas a propósito da TVI e das suas notícias. É demais o não-conteúdo e a profundidade rala daqueles fragmentos de reportagem, como diria o já saudoso Raul-na-sequência-deste-pequeno-apontamento-noticioso-Durão. Vou propor, se alguém no conselho de gerência daquela casa quiser ouvir – nunca ninguém quer, não sei porquê – que levem para lá a Fátima Campos Ferreira, depois de uma mudança radical de visual e uma viagem ácida. O conteúdo do cérebro é ideal para a função e ela até já tem aquele ar deslumbrado, susceptível de aumentar se alguém, durante as gravações, lhe meter um dedo num sítio indevido
.

domingo, 21 de outubro de 2007

Dando um empurrãozinho à natalidade fazendo programas um bocadinho estúpidos

Cantando e dançando por um casamento de sonho... Epá, custou mas consegui lembrar-me do nome completo deste programa! Como disseram os Gato Fedorento, a TVI conseguiu juntar num mesmo nome dois gerúndios. É obra - e é sobretudo muito estúpido. Só mesmo a TVI. Pensando melhor, a RTP e também a SIC não teriam demorado muito.
Este programa bem poderá dar uma forcinha às políticas de incremento da natalidade em Portugal, coisa que os subsídios do governo ainda não conseguiram. Mas não tem muito que ver com o casamento. A coisa é bem mais simples e menos traumática. Quando o programa começa, uma parte considerável dos espectadores ainda capazes de pensar, como os leitores deste blog, desliga o televisor e vai direitinho para a cama. De preferência sem se lembrar da apresentadora Júlia Pinheiro.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Lá se foi o Flopes

João Miguel Tavares, jornalista bem-humorado e lúcido quanto baste (às vezes basta só mesmo um bocadinho e a realidade apresenta-se-nos de modo bem diferente) proporciona-nos de vez em quando uma preciosa lufada de ar fresco.
Há uma semana atrás, Santana Flopes saiu dos estúdios da SIC indignado por ser menos popular que José Mourinho. Ou não foi isto? Se fosse outra pessoa, doutro partido, noutro país, talvez eu acreditasse que era outra coisa qualquer. É verdade que, se neste país todos se comportassem de forma mais inteligente, talvez a SIC não tivesse dado tal bronca, talvez tivesse depois assumido o que fez, etc. Mas como escreve João Miguel Tavares, ver «Santana Lopes indignar-se por ter sido interrompido por um directo idiota faz tanto sentido quanto Cicciolina ruborescer ao ouvir um piropo na rua».
Isto é a pura das verdades e ainda temos direito a uma palavra lindíssima: «ruborescer».
Dispensam-se mais comentários, recomenda-se a lucidez do jornalista, rara num tempo em que escasseiam as diferenças entre jornalismo dito sério e tablóides, aqui como em toda a parte. É péssimo para o país, embora seja bom para este blog.
Termino com outra citação de JMT: «é sempre muito mais interessante ver Santana Lopes a sair de um estúdio de televisão do que a entrar nele».

Este blog é um ninho de cucos

Quando surge um comentário de um desconhecido neste blog, é como se me oferecessem flores. Foi mais uma vez o caso. Um senhor que leu um texto meu de há uns meses atrás (aquele em que conto o meu passeio em zonas do Metropolitano de Lisboa interditas ao público e em que há comprovadamente perigo de morte) resolveu comentá-lo. Disse também que sugeria uma visita ao blog onde anuncia os seus serviços. Esse senhor, a quem deito daqui um abraço, é... psicólogo clínico!
Não é que desconfie dos seus intentos, meu caro, mas a verdade é que, no tocante a psicoterapia, já estou bem servido. Resta-me suspirar de alívio por não ter nascido há setenta anos atrás: assim ao menos ainda posso esperar que não me dêem electrochoques ou me enfiem um colete-de-forças.
Talvez o meu irmão...?

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Imagens que valem mil palavras

Infelizmente, cada vez mais os acordos de paz são firmados assim.

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Mulher Bonita = Mulher Antipática ?

Prólogo inicial: Em alguns países do mundo, como Portugal, mulher bonita é sinónimo de mulher antipática.
Num determinado contexto, é tão certo recorrer a uma expressão quanto a outra. Como usar a palavra única ou exclusiva. Tanto faz.

Não sei se o leitor alguma vez reparou, mas existe qualquer coisa de diferente, na mulher portuguesa… aliás, existe uma prova quase irrefutável de que todas as mulheres bonitas portuguesas são antipáticas. Refiro-me pelo menos às mesmo, mesmo, muito bonitas e não àquelas, “assim, assim”. Bem sei do perigo que acarreto com esta generalização. Provavelmente, não me calhará mais nenhuma na rifa!
Mas se o caro leitor (vá… duas ou três pessoas que leiam este texto, excepto eu e o meu irmão) fizer uma prova de campo, estabelecerá logo como determinado este aspecto cientificamente comprovado, aliás de acordo com um estudo transversal sobre a mulher portuguesa, encomendado pelo Instituto de Psicologia Desaplicada.

A única comparação que posso estabelecer é com a mulher brasileira, por ter sido o Brasil o meu único lugar de residência fora de Portugal. Toda a mulher no Brasil foi abençoada à nascença pelo arquitecto da vida, parece que está sempre de bem com a vida, bem disposta para o mundo, irradia simpatia, é constantemente o reflexo do espelho em estado de espírito. Como que um sinal de agradecimento diário por ter nascido bonita. São as mulheres quase sempre mais acessíveis. E aliás, quem já passou uma bela temporada no Brasil sabe do que estou a falar.
No nosso país, dá-se precisamente o contrário. Parece que para ser bonita tem que primeiro cultivar a antipatia. Do género “somos de todo inacessíveis”. As mais feias que me desculpem (como diria Vinicius), mas vocês têm , pelo menos, a poderosa arma da simpatia.

Para ser bonita em Portugal, a mulher tem primeiro que ser snobe, antipática, carrancuda, autoritária, com pose, depois talvez consiga chegar ao restrito clube das bonitas. E eu que cresci a ouvir histórias em que a má da fita era quase sempre uma bruxa, velha, feia e antipática. Pelo contrário, a heroína era quase sempre como uma princesa, bonita, simpática e amiga de ajudar os mais desfavorecidos. Que estranho!

Que tristeza. Bem, mas voltando ao Brasil… Encaminhámos os bons genes todos para o Brasil, proporcionámos a mistura de raças e “cadê” os louros da ousada proposta sócio-cultural, por menos de 800 euros (por uns diazinhos de férias)?

Por: Tiago Pereira da Silva

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Contextos

A outros povos poderá ser deveras estranho que nós, portugueses, nos tenhamos familiarizado tanto, por exemplo, com a comédia britânica e ainda mantenhamos, pelo menos muitos de nós, complexos de rir «em português», das coisas simples da vida em Portugal.
Há pelo menos duas questões que aqui se põem (talvez haja mais e não me apeteça pensar agora em mais nenhuma): o preconceito, aquilo a que Pessoa chamou o «provincianismo português» (e isto é apenas parte dele segundo o poeta), que popularmente corresponde ao «lá fora é que é bom». Ou, «toda a gente adora essa coisa, eu também adoro», disse um senhor, talvez num cantão rural, sobre o tratado de Maastricht.
A outra questão é, obviamente, o contexto: Yes Minister é genial, sem dúvida. Que saudades tenho do imortal Nigel Hawthorne e do ministro paspalhão interpretado por Paul Eddington, que parecia sempre parvo demais – até nos lembramos dos exemplos reais.
Mas, assumamos o assunto de uma vez por todas, aquilo não é fácil. O inglês é, no mínimo, sofisticado, distante do «fuck you asshole» de Schwarznegger; e as piadas não são tão universais quanto podem parecer. Uma compreensão básica das instituições políticas britânicas leva-nos a perceber doutro modo.
Connosco, com as produções portuguesas, passa-se o mesmo: O Tal Canal é (re)visto ainda hoje por pessoas da minha geração, por pessoas muito mais velhas e por adolescentes que se espantam com o tempo em Herman José era genial e francamente inovador (o programa é ciclicamente revisto até ao enfado, mas isso são outros quinhentos). Mas tirem-no do seu contexto cultural e aquilo perde-se. Não vale a pena falar das piadas a respeito de coisas que se perderam no tempo. A questão de fundo é o contexto do humor, o seu tempo.
«For everything there is a season», cantavam os Birds, um original do influente Pete Seeger.
Também no que ao humor diz respeito, não me parece que haja receitas universais que durem sempre. Tudo depende de um contexto.

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

A sabedoria de Douglas Adams

«Não é coincidência o facto de em nenhuma língua conhecida existir a expressão "tão bonito(a) como um aeroporto"», disse Douglas Adams (1952-2001).
Este é um bom argumento para não se construir mais nenhum. E não vem de um qualquer, não senhor. Vem do grande Douglas Adams, autor de The Hitchiker's Guide to the Galaxy, senhor de grande reputação por saber coisas como esta:
«Aquele que é capaz de fazer com que os outros o elejam presidente da república devia ser proibido de exercer a profissão.»

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Abbey Road

Cada vez há mais pessoas que duvidam da minha sanidade mental. Perguntaram-me, no rescaldo duma viagem a terras de sua anacrónica e bolorenta majestade: o que gostaste mais em Londres? A Torre de Londres? O Museu Britânico? Foste ao Palácio de Buckingham ? Etc… Lamento, não, não e não…
O que eu gostei mais em Londres foi de atravessar a rua. Isso mesmo. Mas não foi uma rua qualquer. Foi na mais famosa de todas as passadeiras, ou ‘zebra’, como lhe chamam em Inglaterra. Foi esta que, em 1969, os Beatles atravessaram, aparecendo assim na capa do álbum Abbey Road.
Nem pensamos que este gesto tão vulgar de Lineu pode revelar-se difícil, para quatro tipos que, na época, eram quase tão populares como Cristo (será que me vai acontecer alguma?) Não os imagino a fazer isto em pleno auge da beatlemania, em 1965-66, numa rua de maior movimento.
Esta capa é mítica, como o álbum, discutivelmente o melhor do grupo e um monumento ímpar da música anglo-saxónica. Os rapazes até já estavam cada um para seu lado e com pouco desejo de novas colaborações. Mas terá havido (mais) alguém disposto a alienar parte do património musical do grupo (e da humanidade!), o que os levou a tribunal. Estavam assim bastante unidos em meados de 1969. Tirando partido disso mesmo, McCartney juntou o pessoal outra vez e o disco estava pronto ao fim de 4 dias! O resultado é primoroso e o verdadeiro canto de cisne da banda.

Ora, parece que o rapaz Paul, em 1966, caiu de mota e partiu um dente. Eu, em Londres, parti 2 (dois)! Juro! E não cai de mota!
Nos Estados Unidos (tinha que ser, digo eu) muita gente convenceu outra tanta gente de que o homem tinha morrido e os restantes Beatles tinham arranjado aquilo a que os brasileiros chamam um «sósia». Não estou a brincar. As provas, disseram os autores desta história genial, estavam em todo o lado, era só preciso saber ver, ouvir e interpretar. Nesta capa, por exemplo: Paul, ou qualquer outro gajo muito parecido e igualmente talentoso, tem o cigarro na mão direita, quando na verdade este beatle é canhoto (eu pensava que era para se ver na fotografia); está com o passo trocado relativamente aos outros Beatles (!); está descalço, o que simboliza neste caso a morte, numa cultura qualquer de que não me lembro agora; Lennon, à frente do grupo, veste branco, como um padre (como costuma dizer o meu irmão, nossa!); e finalmente: o Volkswagen “carocha” branco, do nosso lado esquerdo, cuja matrícula comprova: 28if, ou seja, 28 anos de idade teria o rapaz se estivesse vivo! Escusado será dizer que ninguém ligado ao grupo fez o que quer que fosse para desmentir o boato. E as vendas de discos até subiram bastante durante algum tempo.

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Psicose colectiva nos aeroportos

Tudo o que é demais sabe mal. Que o terrorismo não é, sequer, uma das 10 maiores ameaças à democracia contemporânea parece-me por demais evidente, mas não é matéria para este blogue dedicado à palhaçada pura. Vejam por exemplo os escritos de um John Pilger, a este respeito. Ou então não vejam nada e deixem-se estar muito sossegadinhos sem incomodar ninguém. Pode ser que um dia destes vos arrombem a porta em nome da vossa própria segurança.
No que toca às viagens de avião, é a histeria. Não falta muito para nos proibirem de viajar, por exemplo, com dentes chumbados; podemos usá-los para fabricar explosivos ou mesmo armas de destruição massiva.
Sentem-se mais seguros que há dez anos atrás? Eu cá não.
No aeroporto de Luton, disse-me uma funcionária de resto bastante simpática: «Just a handful of security questions, sir: has anyone put anything in your bag without you noticing it?» Não é que não tenha percebido a intenção da pergunta e o perigo iminente de alguém o fazer sempre que viramos costas, mas a verdade é que me apeteceu responder: «Just a single common sense question for you, m’am: has anyone ever put anything up your ass without you noticing it?
»

Boa ideia, RAP!

Por: Tiago Pereira da Silva

É engraçado que nas poucas entrevistas que Ricardo Araújo Pereira (o famoso RAP) deu para a TV, entusiasmou-me bastante saber, e é um aspecto transversal a todas que vi, que os Gatos recorrem muito à observação do quotidiano português, o comportamento de diversas pessoas em sítios públicos (Rua, Centros Comerciais, Estádios de Futebol, etc.), como fonte de inspiração para a construção humorística de determinados sketchs.

Se pensarmos quatro vezes, faz todo o sentido… ou buarquicamente falando, palavra que acabei de inventar, que portanto não existe, agindo duas vezes antes de pensar. Não precisamos ser exímios observadores, para encontrar aqui e acolá, momentos verdadeiramente cómicos nas situações mais banais do nosso cotidiano. Apeteceu-me recorrer à minha variedade dialectal do Brasil. Mas ia eu onde…? A lado nenhum…
Existem, em diversas ocasiões, as condições necessárias para submeter determinadas “pessoas-alvo” ao indisfarçável olhar da comédia. Agora, é claro que é preciso muita atenção para não nos tornarmos nós num “alvo” fácil dos sapatos dessas pessoas, bem como pedras da calçada, pastilhas e todas essas coisas que poderão ser extremamente desagradáveis.

Posso dizer que neste último mês e 14 dias (não me apeteceu dizer mês e ½), fui um felizardo, consegui testemunhar inúmeras situações absolutamente fundamentais para aumentar a minha já muito desenvolvida inteligência emocional (IE para os amigos). Bom lá estou eu com estas cenas… se calhar não foram inúmeras, mas para aí uma ou duas. Então passo a citar,
1ª Situação: imaginem-se com os Head-phones nos ouvidos, no meio de uma fila de autocarro qualquer. A páginas tantas, a conversa de duas senhoras começa a impedir a audição do meu Emanuel ou qualquer outra coisa de qualidade (tipo Michael Carreira), a vaguear pelo meu MP3, tal não é o volume a que elas recorreram. Eis senão quando, oiço da voz de uma das delas, com uma certeza cartesiana, a seguinte afirmação: “Epá ouve lá! Estamos quase na época da gripe das aves”. Ao que a outra responde: “Pois é, ainda não tinha pensado nisso, vamos lá ver como as coisas correm este ano!”. É quando a outra remata, com um certo brilhantismo, devo reconhecer: - “Epá o planeta está todo avariado… é só gripes disto e daquilo, e depois há essa coisa da GRIPE DAS AVIÁTICAS”. Bom, minha senhora, vamos lá ver se nos entendemos. Não sei se queria dizer Gripe das Aves, ou Gripes Asiáticas, ou até mesmo, Aviárias de Aviário, ou se descobriu uma estirpe nova tipo H5N16 parvoíces.

2ª Situação: Vinha eu do Colombo, depois de assistir ao pior filme do mundo… Disse Colombo? Exacto…bom, don´t ask! Quando paro o carro no semáforo em plena estrada da luz, com a feira do relógio do meu lado esquerdo, logo no sentido de Sete-rios. Apesar de ter resistido, por uns longos dois ou três segundos, não aguentei mais e tive que abrir o vidro do lugar do morto, para ver e ouvir a tamanha energia (ou antes berraria) do carro que estava estacionado mesmo do meu lado direito. Foi então que tive um encontro imediato de primeiro grau… um casal a discutir e ouvia-se, e bem, a rapariga ao volante dizer: “Epá ó Jorge eu ainda não acredito que viemos à Feira e não comemos uma fartura”

Atenção meninos, posso assegurar-vos que isto não é comédia e também não tem piada nenhuma. Pois a discussão estava acesa e parecia capaz de vencer a relação. Isto é, a seguir a algumas frases de algumas letras do José Cid, parafraseando os Gatos, o comentário mais estúpido do universo. Disse.

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Caetano Veloso no discurso de José Sócrates

Faço, neste texto, a minha última (quem sabe penúltima) incursão pelo universo José Sócrates. Até parece que só escrevo sobre o homem! Ou que tenho uma qualquer embirração com o sujeito! Claro que não...

Não sei se já repararam, mas é habitual o recurso, por parte do nosso querido Primeiro ministro, à expressão "Da maior importância". Para mim ficou clarissimo, que também José Sócrates é um incondicional fã do álbum Qualquer Coisa de Caetano Veloso, de 1974; ou será 1975? Pois é exactamente nesse disco que encontramos a pérola "Da maior importância". Vão me perdoar, por necessidade de economizar espaço, vou, neste post, retirar apenas os versos que têm mais que ver com o nosso caro Joselito.

"Era um movimento que aí você não pode mais
Gostar de mim, direito" - não sei porquê?

"Vai ser um erro, uma palavra, a palavra errada
Nada, nada, basta quase nada" - E porque é que me soa tão familiar ?

"Porque eu sou tímido e teve um negócio
De você perguntar o meu signo quando não havia signo nenhum" - Aqui poderíamos substituir perfeitamente a palavra signo, pela palavra verdade, alterando para:
"De você perguntar-me a verdade, quando não havia verdade nenhuma"

"Ficou um papo de otário" - Ora aí estamos mesmo mesmo de acordo!
"É tão difícil, tão simples, é tão difícil, tão fácil" - Pois creio até que impossível, para ti.
"De repente ser uma coisa tão grande da maior importância
Deve haver uma transa qualquer pra você, e pra mim"

"Não sou eu quem vai lhe dizer que fique
Mas você não teve pique, não sou eu quem vai
Lhe dizer que fique..." - Pois nem eu, nem nenhum português, no seu perfeito juízo.


Retirado da letra "Da Maior Importância" de:Caetano Veloso

Por: Tiago Pereira da Silva

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

The Secret e os problemas de comunicação com o Universo!

A propósito de "The Secret" - O Segredo, de Rhonda Byrne: no outro outro dia, ao ler umas passagens do livro, deparei-me com a por demais interessante reflexão do autor do mesmo, "O segredo foi transmitido ao longo de séculos" e por quem não haveria de ser, pessoas marcantes da história, de diversas áreas, como: Platão, Galileu, Beethoven, Edison, Einstein, etc. Bem, mas dizia eu que o autor (ou melhor, alguns teólogos, filósofos, etc) ao fim de 4 páginas iniciais, revela-nos logo o Segredo. Dei por mim a pensar, "bem não preciso de ler mais nada", já estou na posse de uma arma poderosíssima, que durante séculos e séculos, foi escondida do comum dos mortais. O Segredo é, nada mais nada menos que a Lei da Atracção/em>, "tudo o que entra na sua vida é atraído por si". A dada altura, dizem-nos também qualquer coisa como: tudo o que recebemos é reflexo do que transmitimos ao Universo. E eu não fui de modas, pensei para com os meus três ou quatro botões: - "Preciso de uma prova de campo", "completamente" ao encontro dos princípios de ciência light do livro. E então, uma bela manhã, depois de acordar, inclinei o pescoço mais ou menos 30º norte, na direcção do Universo e emiti-lhe 4 desejos, mais que profundos... Como devem calcular, não posso referi-los neste blog, por questões de ordem íntima e sobretudo porque, quero vê-los realizados. Ou queria. Então não é que esta manhã, dia em que supostamente um deles se deveria ter realizado, levei uma granddaaaa tampa do Universo. Depois pensei, "Epá… espera lá ó Tiago, se calhar o Universo só responde se pedires em Inglês. O gajo deve ser tipo Deus e tal, omnipresente e só percebe a língua actualmente mais utilizada no mundo". Epá, mas aguardem… e se um tal de José Sócrates se puser a mandar uns bitaites em Inglês, o sacana do Universo vai ficar todo Tubarãomalucooooo. É até plausível pensar, que algumas das pessoas que não viram realizados certos e determinados desejos, já se mandaram para a tulha, ou pelo menos para as couves. Boaaa, se calhar é de mandar um email anónimo para o Joselito a dizer, que esta cena do Segredo resulta mesmo e em português.

PS - Saiba mais, na próxima legislatura.

terça-feira, 7 de agosto de 2007

O jogo das Damas

A ciência da computação alcançou uma importante conquista. Cientistas não sei de que país, mas cheira-me que não terá sido do Botswana, criaram uma aplicação capaz de se antecipar e sobrepor a todas as jogadas possíveis de um humano no jogo das Damas e assim levar o homo sapiens de vencida, jogo após jogo. Sempre. Nunca mais um homem será capaz de vencer um computador no jogo das Damas.
Nós, n’O Sapo e a Parafusa, sabemos uma coisa. Quando for criado um computador capaz de dar cartas no jogo dessas damas que para aí andam, todas descapotáveis a apanhar banhos de sol, nós compramo-lo, custe o que custar. E não dizemos nada a ninguém. Mas, cheira-me que não é tão cedo. São demasiadas variáveis, porra.

Lucro

No Millenium BCP anda tudo à bordoada. De criar bicho. Há quem se espante por isso: com um pé-de-meia como têm aqueles gestores, será preciso tanto barulho, ó senhores? Quem assim esperneia esquece um dos fundamentos do capitalismo. É preciso mais. Sempre mais. MAIS !!! É PRECISO GANHAR AINDA MAIS!!!!!!
M A A A I I S ! !








a Quino

Cães-vampiros

Diz que vêm para aí uns cães da Holanda. Que são capazes de identificar sangue, não de um vivo, mas de um morto. Não é anedota, há diferenças óbvias (para quem tem bom faro) na composição química que resultam em diferenças olfactivas.
O Sapo e a Parafusa (não sigam o link, vêm ter ao mesmo sítio) protestam, em solidariedade para com os cães portugueses. Dê-se formação a estes animais e serão capazes de fazer tanto como quaisquer outros, venham eles donde vierem. Dê-se-lhes formação e toparão à légua o cheiro dos vivos, dos mortos e até dos zombies, que é como quem diz, em bom português, mortos-vivos. De fazer inveja a qualquer vampiro.

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Ser ou não ser cota

Um destes dias solarengos de Agosto, a pergunta do dia de um daqueles jornais que distribuem no Metro, tipo Financial Times, era «Seria capaz de deixar tudo para trás e partir à aventura para conhecer o mundo?». Duas senhoras, uma recepcionista e uma auxiliar de vendas, disseram que sim, com uma ou outra condição: sozinha não, adiantou uma delas, com o marido tudo bem; talvez não saiba que há por aí uma vasta gama de homens dispostos a substituir o marido, para esses efeitos.
Mas a resposta mais espantosa veio de alguém de Lisboa: «Não, porque não faz parte do meu feitio começar tudo de novo». Isto não vem de Agustina Bessa Luís nem de Manuel de Oliveira. Nem mesmo de Tomoji Tanabe, o japonês que se crê, se ainda estiver vivo a estas horas, ser o mais idoso homem à superfície da Terra. Vem de um jovem estudante de 19 anos, cuja identidade respeitaremos, chamando-lhe O. Toino.
Segundo ideias do Rui Mota e da Zeni

Vivemos num mundo Globalizado! com G grande

Por: Tiago Pereira da Silva

Vivemos num mundo globalizado. Sobretudo num global-anglo-saxónico.
Senão vejamos: Um primeiro ministro que se atreve a falar inglês, para mal dos nossos pecados, que temos de o ouvir. Inglês técnico em faculdades, no mínimo duvidosas. A obsessão desse sr. por "colocar" inglês no ensino desde o 1º ciclo. Já alguém sugeriu até que se trata de um sério complexo de inferioridade, não resolvido por parte do Sr. 1º Ministro. É que, desculpem que vos diga, e sem querer parecer minimamente "arrogante", um sr. que utiliza no seu discurso em inglês, aquando duma intervenção na CE (Comissão Europeia) e passo a citar: He do... em vez He does... não merece qualquer perdão. Forca seria o mais certo.
Não quero tornar as minhas aparições neste blog como objecto de perseguição política a José Sócrates e estou à vontade neste capítulo, eu até fui daqueles que arremessou pedras da calçada no dia da sua eleição. Ai Ai em o que é que tinham pensado?
José Sócrates, e já me cansei de dizer o nome dele, é daquelas pessoas que quando era miúdo e jogava à forca com os amigos, por volta dos doze anos de idade, quando confrontado com o terrível enigma da descoberta de uma palavra do tipo:...

Á G ___ A

... E os amigos diziam: "vai zé, escolhe uma letra!" A que ele respondia: "hummmmm sei lá, esta é bué difícil pá (será que já se dizia bué naquela época), tipo ...aaaa..... a letra O." Prontamente os amigos diziam:
- "epá ó zé és muitaaaaa burro, não vês que era o U que tinhas de dizer. Epá dedica-te ao inglês" E coitado do zezito, nunca mais foi o mesmo.

Se analisarmos bem, trocar um (Do) por um (Does) e vice-versa, não é de todo, gramaticalmente grave. Apenas poupou no uso e abuso das letras (es). Este homem não gosta de desperdícios... e já o afirmou publicamente na Assembleia. Mas com esta coisa do Algarve se tornar Allgarve e de os (Does) passarem a (Do) já não há quem te compreenda homem?

PS- Antes de carregar na tecla laranja de (Publicar Postagem) deixem-me só verificar se não COMI nenhuma letra é que parece que está na MOD .

sábado, 4 de agosto de 2007

Não há condições

Numa entrevista à SIC, um homem que é carteirista “em part-time” queixou-se de que, também para esta classe profissional, a vida não está fácil.
Segundo revelou este cavalheiro, que preferiu não se identificar, ao dar início, preferencialmente nos eléctricos, a sua actividade, o nosso herói procura “uma pessoa de bem, uma pessoa, assim, distinta. Mas às vezes somos enganados!”, protesta, de viva voz, acrescentando que, também nesta profissão arriscada, “as aparências iludem”.
Este amigo do alheio, cujo depoimento foi recolhido não na prisão mas em anónima liberdade, terminou a entrevista de forma pedagógica, deixando alguns conselhos para os turistas. Parece que cerca de 40% destes costuma deixar o código dos cartões próximo destes últimos, só faltando mesmo uma indicação sobre o saldo de cada uma das contas bancárias.
Pois é. Com o aumento do número de operações levado acabo pela polícia envolvendo agentes à paisana, a vida não está fácil para quem tenta ganhar a vida como melhor sabe e pode.

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Nem sempre paz e amor

«What's Your Man's Fighting Style?», é o que se pergunta num daqueles inquéritos para homens de barba rija que o Yahoo gosta de promover. Assim de repente, penso em Million Dolar Baby. Podem adaptar livremente. Suponho que, também neste departamento, deve haver homens para todos os gostos, desde José Castel Branco até Jackie Chan.