sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Vou ali à casa de banho, mas primeiro vou tirar um curso

Fascinante, a moderna casa-de-banho japonesa. Naturalmente, os criadores de tão prodigiosa tecnologia não poderiam ter ficado pelas nossas arcaicas sanitas e bidés, que nem sequer têm ligação à Internet.
Quando e como se chegou à criação de casas-de-banho onde não há papel? Como é feita a higiene nestas casas-de-banho? Por que é que já vários turistas imprevidentes apanharam aqui grandes molhas? O que se passou? Vejam para isso este artigo da Wikipédia (ainda não foi traduzido), e imaginem-se numa casa-de-banho onde há um híbrido sanita-bidé, ou lá como é que aquilo se pode chamar, como um painel de comandos como o da fotografia. Nada de papel, e com direito a uns prazenteiros (espera-se) jactos de água e ar quente no traseiro e não só. Hmmm…


imagem: Wikimedia Commons


quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Multi-roubo


Portugês traiçoeiro II

Estas coisas acontecem. Hoje uma senhora muito púdica, que estimo e respeito apesar de tudo, disse, alto e bom som, a propósito de nomes muito compridos: «diz que o D. Duarte de Bragança também o tem, ui, muito comprido, mas eu não sei como é». Bom, azar da sua realíssima esposa, D. Isabel de seu nome. Ou não. De qualquer modo isso é outra conversa.

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

H O M E J A C K I N G (ina 'cum catano!)

Homejacking. Se ainda não sabem, é o acto ou efeito de assaltar alguém, estando o própio em casa, a dormir ou a fazer outra coisa qualquer. Mas suponho que, se a vítima for um pobretanas, dirá antes que o roubaram, assaltaram, surripiaram, furtaram, extorquiram, fanaram, gamaram, apilantraram, etc. Mas nunca que foi vítima de homejacking.
Analogamente, ser vítima de carjacking – ser assaltado quando se está dentro do próprio carro - não é para quem tem um Smart ou uma Famel Zundapp, é só para os felizes possuidores de um BMW M3 ou equivalente. Fonix!

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Ácido acetilsalicílico

Anedotas como estas fazem o meu dia:

Na farmácia:
- Bom dia, desejava uma embalagem de ácido acetilsalicílico.
- Ácid… ah, quer aspirina ?
- É isso! Nunca me lembro dessa palavra !

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

"Madalena" - Segundo Tiago Pereira da Silva

Por: Tiago Pirado da Silva

foepkwpko efwpko efwfeopkw poefkwe pofkw pokefopkefwefkop wpko efwpok efwpok efwpko efwpo kefp okefpeo kfwpo kfew...oopkewopkopoopopkkopkok p kopp pkowepoew pko pkop p pkdpo k pkoppp pko pkoopk p popkpppp wep ewepp ...

Isto é a entrada de piano de César Camargo Mariano no tema "Madalena" de Ivan Lins, na versão de Elis Regina. Mas no teclado do meu computador.
Ah, já me esquecia! Eu também não sei tocar piano.
Pronto! Já sei o que estão a pensar! Esta é, provavelmente, a piada mais estúpida de sempre.
Gosto também de recorrer aos advérbios de modo.
Não... Que estúpido, este é de dúvida e não de modo.




quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Mas que macaca!

Em entrevista a uma jornalista da SIC, José Cid discordava da ministra da cultura (não começamos mal) quanto à ideia de que em Portugal não há nenhum cantor que desse um bom ministro da cultura, por oposição ao caso brasileiro de Gilberto Gil. Depois, dando o exemplo, enumerou algumas possibilidades: Fausto, Carlos do Carmo, ele próprio.
Eu levo a politica a sério e por isso devo dizer que se a alternativa fosse entre Isabel Espantalho de Lima e José Cid, votava no cantor de Como um macaco gosta de banana (por falar nisto, é nesta música que penso quando vejo esta ministra: «o teu focinho é que não me engana»).
A título de curiosidade, a moda de cantar sem largar os óculos escuros nem para ir à casa de banho no intervalo surgiu com José Cid e não com Pedro Abrunhosa.



Rir é o melhor remédio e não é só isso

Os nossos actos, exclusivamente humanos ou não, em todo o caso onde se exprime a nossa especificidade biológica, não poderiam deixar de nos interessar.
Tenho uma amiga que fotografa pessoas a ler. Compreendo o fascínio. Há grandes diferenças, às vezes entre as expressões de uma mesma pessoa, conforme está mais ou menos embrenhada na leitura.
Há também os voyeurs, que adoram ver outros a fornicar.
No meu caso, é com o riso. Adoro ver pessoas a rir. É contagioso. Faz bem. Até pode ser uma dieta: se for em quantidade e intensidade suficiente, provoca contorção abdominal e eliminação de massa adiposa.
Em todo o caso é digno de aturado estudo e mereceu já a atenção de filósofos da categoria de um Bresson, que lhe dedicou belíssimas páginas do seu O Riso: Ensaio sobre a Significação do Cómico, cujas teses discutiremos mais tarde, procurando a necessária humildade; é que isto levanta discussões próprias da filosofia, também no sentido em que não parecem ter solução à vista. Por que é que rimos? Como explicar este intricado processo neurofisiológico também do ponto de vista das suas origens? Quando é que o homem começou a rir e de quê? O que é que provoca o cómico? (Bresson diz que é apenas o humano; não rimos de uma paisagem, do vento, das marés ou de um animal, a não ser quando tocam ou são tocados pelo homem, como no caso das tosquiadelas ridículas que fazem aos poodles). Só o homem ri. Ou não?
E depois há o riso em si, enquanto fenómeno audível e visível pelos outros. Há quem ria envergonhadamente em qualquer circunstância, como se não quisesse ser visto a rir, a divertir-se. Há quem, literalmente, expluda a rir, a ponto de assustar quem esteja distraído nas imediações. Há quem tenha um riso ‘social’, em que talvez opte por não mostrar a dentição, se for muito assimétrica; para depois rir em privado, com o ar a assobiar entre os buracos dos dentes e a babar-se para cima dos outros.
Se pudesse, candidatava-me a um doutoramento sobre o assunto, mas tenho medo que não me levem a sério.

A rapaziada da imagem não perdeu de todo o juízo, antes leva muito a sério o riso, a ponto de ter criado o Dia Internacional do Riso.


terça-feira, 20 de novembro de 2007

Geração Prozac

Brincadeiras à parte, quando se diz que os desenhos animados do meu tempo, ou mesmo de há uns escassos vinte ou trinta anos já não estão adaptados às crianças de hoje, desconfio. Não, fico à beira de um ataque de nervos.
Já achava parvo o suficiente tirarem o cigarro ao Lucky Luke, apesar de que o cowboy mantém o seu estilo com uma espécie de palha ao canto da boca.
Mas isto de o New York Times (hum…) dizer que a Rua Sésamo já não se adequa ao público infantil porque o monstro das bolachas se arrisca a contrair diabetes se continuar a comê-las constantemente (às bolachas) e que Óscar, que está sempre zangado, é um personagem da era pré-Prozac (?), é pá poupem-nos.
Poderíamos continuar e falar sobre o papel dos pais e dos professores, mas penso que não vale a pena, ou ainda ficamos todos a precisar de ir ao psiquiatra.
Isto não é ser mais papista que o papa, é ser estúpido. Talvez queiram também proteger os miúdos das sovas que o Asterix prega nos exércitos romanos. Talvez retirem o Cascão da turma da Mónica porque não toma banho. Talvez concluam que o Gastão pode traumatizá-los, já que nem todos podem encontrar com tanta facilidade um trevo de quatro folhas! Quem é que precisa de Prozac nesta história?


terça-feira, 13 de novembro de 2007

Bitaites

Encontrei por acaso este blog giríssimo (link para a categoria 'humor'). Foi lá que roubei esta foto.

sábado, 10 de novembro de 2007

Atenção, curvas na estrada

«Vê, vê! Andas distraído, rapaz!»
Assim falava o meu amigo C, quando vínhamos dum copo no Bairro Alto, enquanto a sua cabeça girava quase 180º, como a miúda possessa do filme
O Exorcista, para seguir com os olhos quase a sair das órbitas a figura esbelta e curvilínea com que acabáramos de nos cruzar. Também para este meu amigo há no corpo feminino uma proporção, que talvez seja a tal “proporção áurea” (aproximadamente 1.6180339887) de que já falavam os gregos antigos, entre as elipses das ancas e da cintura, e cujo efeito nos machos costuma ser qualquer coisa entre um sorriso e uma taquicardia. Sempre me fascinou, embora não tenha por hábito girar a cabeça com semelhante amplitude.

«Isso é um exagero, eu não viro a cabeça para olhar para trás», protestou C.
Galileu, ameaçado pela Inquisição, disse a respeito do movimento orbital da Terra o mesmo que eu digo com relação à cabeça do meu amigo:
«E no entanto ela move-se...»


terça-feira, 6 de novembro de 2007

Tenham medo (vem aí a Melga)

Quando a apresentadora do telejornal fala em “fusão” para descrever a relação pornográfica entre o BCP e o BPI, penso em David Cronenberg e no filme A Mosca. Imagino Joe Berardo, agressivo, a gritar «fuck them» para Fernando Ulrich (ora aí está um bom nome para um ogre; sem o 'Fernando', claro) e o outro que não sei como se chama, enquanto estes tentam meter-se num telépodo (são aquelas ‘cabines telefónicas’ onde se metiam os objectos ou pessoas a teletransportar) para se fundirem num só, maior e ainda mais feio e mais bronco que Berardo. Mas depois, no meu pesadelo, o próprio Berardo tropeça e cai para dentro dum telépodo, transformando-se num ser híbrido, cruzamento entre um chimpanzé e um torneiro mecânico. Horrível. Eis senão quando acordo deste filme, que bem poderia chamar-se A Melga e pouco depois saio de casa sem tomar o pequeno-almoço.




Deixem-me estar sossegado!

Um sujeito que eu não conheço e a quem nunca fui apresentado passa às vezes por aqui e, embora não ponha as vírgulas onde elas mais fazem falta, sempre deixa observações com interesse. Também eu acho que isso da tradição já não é o que era. Senão vejamos.
Estava eu refastelado no sofá, resolvi dar um passeio pelos canais da televisão (sei que muitos preferem dizer zapping). Sem pretensões, apenas queria divertir-me ou espairecer um bocado. Mas não estava preparado para tanto.

Parti da RTP, que transmitia o País Regiões e encalhei na TVI, dando com uma das suas novelas fantásticas, do género Deixa-me Amar e Não Fujas, etc. O que de repente vi foi cerca de uma dezena de raparigas enfiadas numa casa-de-banho dum liceu, sendo que nove destas não tinham lá ido para fazer nada, mas apenas para acompanhar a necessitada. Isto é verosímil, claro, até aqui tudo (mais ou menos) bem. Ora duas dessas raparigas estavam de pé, mas muito curvadas, de modo a expor a farta cabeleira perante as outras, cuja tarefa era procurar piolhos e lêndeas suspeitos. Ainda não estamos perante nada de impossível, a não ser no momento em que, perante a descoberta real de insectos daquelas duas espécies, todas as outras raparigas se raspam rapidamente aos gritos estridentes de «é super nojento, sei lá», «ai que coisa mais horrível», etc.

À procura de algo menos hilariante, desci à SIC e então… Então é melhor contar apenas o que se estava a passar. Uma rapariga muito chorosa (sim, a Floribella, com dois ‘L’), falava num tom escatológico com uma suposta mãe que não estava presente (algo como ‘minha mãe porque me abandonasteS’), porque quando estava presente ela sabia sempre o que fazer e agora já nem as suas sapatilhas da sorte (sic) lhe mostravam o caminho. E então continuava a falar com a mãe (na verdade, era uma planta, ou uma mãe transformada em planta, ou vice-versa, ou qualquer outra coisa), a chorar tristemente, até que o céu se iluminou, raios divinos abriram as nuvens e eu mudei de canal. Deixem-me estar sossegado!

Eu que costumo dizer que a realidade supera sempre a ficção sinto-me tentado a dizer antes «a realidade supera a ficção, a não ser que seja a da SIC, da TVI, ou da RTP».

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

A tradição já não é o que era!

Por falar em hipérbole... Gostaria de escrever sobre uma parvoíce qualquer, daquelas a que recorro muitas vezes. Aliás, nada de estranhar para quem me conhece, como parvo que sou.
Recorrendo mais uma vez ao sentido enfático de hipérbole, para dizer que os tempos é que são e estão um exagero. Se não vejamos:
Antigamente, aqui no terraço de casa, os meus irmãos e eu passávamos (algures na pré-adolescência, quando as hormonas ainda não nos mandavam para outro sitio) grandes temporadas a: brincar ao futebol, às escondidas, a fugir do meu irmão André (que nos batia), construir carros de rolamentos, a subir aos telhados dos prédios ao lado, etc. Bons tempos esses, em que o nosso sentido de responsabilidade era inversamente proporcional às idades de todos os inquilinos do prédio somadas.
Isto tudo mais ou menos até à idade de uma hormona chamada testosterona nos dizer: "Eh pá o que é que estão para aí a fazer? Vão comer gajas, meu!"
Atenção! Repararam? Recorri a outra figura de estilo. Desta feita, a personificação.
Que giro este texto.
Bem... mas vamos a exemplos concretos de como os tempos estão mudados.
Este ano de 2007 está a ser um ano riquíssimo em acontecimentos sobrenaturais aqui no prédio. Acordei, no outro dia, com uma barulheira que parecia vir do terraço. Qual não é o meu espanto quando ao dar a volta para ir ao terraço vejo um miúdo cá em baixo e outro ainda pendurado na janela do 2ª andar. Eu, ainda meio taralhoco, esfreguei bem os olhos para ver se estava a ter algum surto de... mas não. Resumindo e baralhando, os miúdos justificaram-se dizendo que as miúdas os tinham trancado no quarto e que por isso a única salvação era começarem a sair todos pela janela. Eu disse:
- "Ah bom. Isso é normal!"
Muito mais sensato, cair no terraço do vizinho, ir dar a volta pelas escadas e pedir, novamente às raparigas (desta feita) para entrar (e não deixar sair) pela porta da rua.
Claro que, como gajo porreiro que sou, deixei a turma toda sair pela janela. É que derivado do facto dos rapazinhos e rapazinhas não terem tido aula de substituição, culpa de algum professor que é um vagabundo e não quer trabalhar, os miúdos ainda se arriscaram a fracturar a tíbia ou o perónio. Eh pá, não pode ser. Malandros dos professores.

Segundo episódio, este, mesmo insólito:
No outro dia, com a minha mãe e eu em casa, um dos jovens moradores do prédio ao lado, cujo terraço também tem acesso ao nosso, tocou-nos à campainha. Quando ouvimos uma voz do outro lado da porta a dizer: "Sou eu o....., esqueci-me da chave". Como é uma situação que acontece com alguma frequência num ano, naturalmente abrimos a porta para deixar o miúdo entrar. Agora o que não esperávamos era abrir a porta ao nosso jovem vizinho e encontra-lo em trajes menores (cuecas), de meias, com as calças e sapatos na mão. Acelerando para o terraço como se nada fosse, com um simples: "Obrigadão Tiago, desculpe lá D. Cidália" e seguiu à sua vida.
É assim mesmo juventude. Foste aliviar uma inquilina qualquer do prédio.
Isto é que é prestar serviços à comunidade.
Nós realmente fomos uma geração rasca, que não se desenrascava, absolutamente - nada. Vamos ver o que ainda nos reserva este próspero ano de 2007. Façam as vossas apostas!

Por: Tiago Pereira da Silva

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Hipérboles e outras metáforas

A hipérbole é uma das figuras de estilo que mais usamos. Também pode ser uma curva, mas isso não é para agora. Caso não se recordem, consiste em exagerar uma expressão de modo a conseguir um efeito enfático como em «estou à espera de um aumento há séculos» ou «lá estava ela, morrendo de cansaço». É aliás frequente recorrer à ideia de morte nas hipérboles. Os Monty Python basearam uma das suas melhores rábulas na ideia de «morrer a rir». Tratava-se de uma piada extraordinária, a melhor que jamais alguém escrevera. Era de tal modo que ninguém poderia ouvi-la sem acabar por morrer de tanto rir, desde o autor da dita até ao exército alemão na II Guerra Mundial (podem vê-la e ouvi-la aqui, depois de escreverem o vosso testamento).
As crianças são useiras e vezeiras desta figura: «levas um soco que até desmaias» ou «levou cá uma assim, que foi parar à Lua».
Nos bancos da escola também se nota, e em testes então nem se fala. Os professores de História poderiam escrever milhões de livros (pimba, mais uma) com material deste, como o História de Portugal em disparates, em que muitos deles são hipérboles. Como a daquele aluno que achava que Camões tinha salvo Os Lusíadas ultrapassando o Cabo das Tormentas a nado. Man, ganda Camões! Na altura isso ainda não era possível.
Há povos mais «hiperbólicos» que outros. Os latinos são sem dúvida mais hiperbólicos que os germânicos ou os eslavos, embora quanto a estes últimos deva fazer uma salvaguarda, pois não falo nenhuma língua eslava. Mas acho bem mais provável ser um português ou um italiano a dizer que o Sporting ou a Lázio nunca mais vão ganhar um campeonato outra vez, ou a contar como foram um dia qualquer ultrapassados na autoestrada (quem sabe uma estrada secundária ou mesmo rua estreita) por um tipo que era doido (uma hipérbole meio metafórica), vinha sem luzes e não se via nada, no mínimo a duzentos. Quem sabe de marcha atrás…


quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Será a língua portuguesa assim tão traiçoeira?

Há situações em que a língua portuguesa é muito traiçoeira. No fundo, não é bem a língua. Eu diria que é mais a cabeça…
Vejam como há tanta gente que gostaria de poder evitar estas situações. A essas pessoas resta-me dizer, em jeito de consolo, que talvez a Paula Bobone ainda venha a escrever um «livro» sobre isso. Enfim, um evitável desperdício de celulose. Vamos sem demora ao 1º exemplo:
(No café, a cliente pede ao empregado um copo de leite )
- «Desculpe, o senhor tem Vigor?»
- «Lamento, minha senhora, mas hoje não…

2º Exemplo:

A dita senhora (está mesmo a pedi-las) pede um croissant com chocolate, para acompanhar o leite Ucal; o empregado serve-lhe um croissant com uma barra de chocolate lá dentro.

- Não se importa de me aquecer?
(o empregado, solícito) - Com certeza…

Para finalizar, e porque esta espécie de piadas assim a dar para o «lácteo» me lembra uma cena que testemunhei há muitos anos: uma rapariga corria desenfreadamente para apanhar o autocarro. Esvoaçavam cabelos, os braços agitavam vários sacos com embrulhos. Baloiçava para baixo e para cima o farto peito. Nele se podia ler, estampada na camisola, a publicidade: Batidos Milupa.
Mas isto de dizer que uma língua é traiçoeira é ver as coisas ao contrário. É a mente, jovens. Ou melhor, é a mente jovem. Senão vejam como também a minha e a vossa funcionou nestes casos.