sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Kailua-Kona (no Havai)

Um companheiro cibernauta neo-zelandês, fluente em várias linguas modernas, enviou-me algumas fotografias e impressões vívidas de Kailua-Kona, ou simplesmente Kona, no Havai. Parece paradisíaco. Há praias fantásticas, como a famosa Beach 69.
Tudo isto existe e até nem é nada triste. E o fado também não é para aqui chamado. Tomem lá esta fotografia para terem uma ideia melhor e deixarem as piadas fáceis e ordinárias. Querem ver que já não se pode ir a Kona.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

O penico

A minha parte preferida da visita ao veterinário é quando este chama, não o dono, mas o próprio animal em si. Dá-se uma inversão curiosa de sujeito e, além disso, ouço sempre alguns nomes extraordinários: «Afonso Henriques, faça favor de entrar … Blimunda, chegou a sua vez … Rafael Fonseca… Américo Tomás … Ligeirinho Costa … Bolinha de Neve … Rafeiro da Selva … etc.».
E não o esqueçamos, o veterinário é fundamental para o metabolismo social nos nossos dias. Há muita gente que não consegue ter a caixa dos pirulitos afinada quando ouve o respectivo bicho espirrar duas vezes seguidas.

Aqui ao lado está uma escultura egípcia em exibição no Louvre. Estático o gato, como em quase toda a arte egípcia, mas expressivo. No Antigo Egipto adoravam os gatos como se fossem deuses, versão que prefiro às queimas de gatos medievais. Até porque talvez sejam mesmo deuses que por cá andam para ver como mijamos fora do penico.



quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

O Regresso do... Pirado da Silva!

Estas últimas tendências do espírito humano, muito presentes em algumas ruas do bairro alto em determinados horários, começam a condicionar a minha vida. Mas isso agora não interessa nada.
No outro dia, ao dirigir-me à loja «area» das amoreiras para preencher um formulário, para me candidatar a um “part-timezinho”, deparei-me (incrédulo) com a seguinte alínea:
- Em vez do famoso questionário rápido - com a alínea a perguntar o género ( M ou F), para masculino ou feminino; tinha esta pergunta - “Orientação Sexual?” com as seguintes hipóteses de resposta – Homo (de homossexual), HETE (de heterossexual), Bi (de bissexual) e OB (Outras Brincadeiras).
Naturalmente, respondi – Heterossexual, pelo menos, posso afirmar convictamente que sou, em anos bissextos.
Foi com grande tristeza que constatei que a minha candidatura havia sido recusada à partida, por não encaixar no perfil de empregado pretendido pela loja. E depois querem que haja paz no mundo. Fui claramente vítima de um extremado preconceito, por causa da minha orientação sexual. Claro que não ficou por aqui esta escória (perdão! estória sem h)… Se eles pensavam que eu iria desistir por uma pequena parvoíce, enganaram-se redondamente.
É evidente que fiz o mais sensato. No dia seguinte, aprontei-me a apresentar-lhes o meu namorado, explicando que tinha repensado a minha orientação sexual e que por isso merecia uma nova oportunidade para preencher o formulário, e, que desta vez, não teria forma de me enganar em nenhuma resposta.
Moral da história (com h), não só tenho um novo emprego, como uma nova relação.





segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Fel

Há coisas que têm graça não em si mesmas, mas quando pensamos em quem as diz. Como nesta entrevista de Vasco Pulido Valente:

"- Vai escrever as suas memórias?
- Só escreveria memórias se toda a gente sobre quem falasse já tivesse morrido…

- Porquê?
- Para não correr o risco de ofender ninguém."



sábado, 15 de dezembro de 2007

A seca da semana

Um poeta e um bêbado escalam uma montanha. Sentem-se cansados e com fome quando ao seu encontro vem um S. Bernardo, com o pequeno barril de madeira ao pescoço, carregando uísque.
Diz o poeta:
- Estamos salvos! Lá vem o melhor amigo do homem!
Diz o bêbado:
- Eh pá, não é que vem mesmo! E até traz um cão!





sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Real Politik da Buraca

Hoje ouvi qualquer coisa como isto numa rádio regional (podia não ser!):

«Em primeiro lugar, eu gostava de começar por dizer, para começar, que sobre essa matéria foram já acauteladas as devidas providências. Isto para que a oposição não diga, como é de costume, que os problemas não foram devidamente tratados. O acordo vai ser ratificado entre as duas empresas, como efectivamente se espera ainda antes da sua assinatura, e a matéria foi amplamente discutida como sempre dissemos que entendíamos que deveria ser sempre nestas situações. 'Tá bem assim ,'tá?»

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Sabia que...

...crianças no banco dianteiro podem causar acidentes? E não é tudo. Também certos acidentes no banco traseiro podem causar crianças.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

A imprensa britânica revisitada

Em Yes Minister assisti à melhor definição da imprensa britânica, principalmente o tablóide The Sun:

Jim Hacker (ministro, depois primeiro ministro): - Não me falem da imprensa! Eu sei exactamente quem é que lê os jornais: Os que lêem o Daily Mirror pensam que governam o país; os leitores do The Guardian acham que deviam ser eles a governar o país; Os leitores do Times governam de facto o país; os do Daily Mail são as mulheres dos que governam o país; os do Financial Times são donos do país; os do Morning Star acham que o país devia ser governado por outro país; E os do Daily Telegraph acham que de facto somos governados por outro país!!

Sir Humphrey: - Senhor Primeiro Ministro, então e os que lêem o The Sun?

Bernard: - Esses não querem saber quem governa o país, desde que tenha grandes mamas!

Crocodilos há muitos

Não só só os sorrisos. As lágrimas também. Há algum tempo, uma figura política muito conhecida, que se «emocionou» com as críticas de um popular, ainda ouviu: «isso não são lágrimas, ó senhora, isso é mijar p'los olhos!»

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

O chumbo do DN

«Ministério atribui má classificação dos alunos portugueses a chumbos», escreve-se no DN. Há notícias assim. Se se tratasse de algum tiroteio, poderia dizer-se «Polícia atribui mortes às balas».

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

A explicação

Há dias uma muito útil reportagem da televisão mostrava como, com a ajuda de um saco de alumínio, os amigos do alheio podem passar os alarmes das lojas sem serem detectados. A explicação era de facto muito boa. Consequentemente, o número de furtos aumentou cerca de 20% de então para cá. Vários amigos desse tal alheio foram também apanhados nas câmaras de vídeo a ensaiar a operação.