quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

O penico

A minha parte preferida da visita ao veterinário é quando este chama, não o dono, mas o próprio animal em si. Dá-se uma inversão curiosa de sujeito e, além disso, ouço sempre alguns nomes extraordinários: «Afonso Henriques, faça favor de entrar … Blimunda, chegou a sua vez … Rafael Fonseca… Américo Tomás … Ligeirinho Costa … Bolinha de Neve … Rafeiro da Selva … etc.».
E não o esqueçamos, o veterinário é fundamental para o metabolismo social nos nossos dias. Há muita gente que não consegue ter a caixa dos pirulitos afinada quando ouve o respectivo bicho espirrar duas vezes seguidas.

Aqui ao lado está uma escultura egípcia em exibição no Louvre. Estático o gato, como em quase toda a arte egípcia, mas expressivo. No Antigo Egipto adoravam os gatos como se fossem deuses, versão que prefiro às queimas de gatos medievais. Até porque talvez sejam mesmo deuses que por cá andam para ver como mijamos fora do penico.



1 comentário:

Anónimo disse...

Afonso Henriques?

Acho que conheço um animal com esse nome!!!

Agora não esperava vê-lo mencionado em tão ilustre blog.

E quem terá posto o nome ao animal?