sexta-feira, 27 de abril de 2007

Mortos ou coisa pior

Uma queridíssima amiga mostrava-se recentemente resignada pelo facto de grande parte dos seus contemporâneos, nascidos quando a República Portuguesa era ainda uma criança, se terem já passado desta para melhor.
Eu tenho com frequência uma sensação parecida. Especificamente, quando mais um amigo me anuncia o seu casamento. É terrível: tantos anos novinhos em folha para gozar, tantas mulheres com tudo o que lhes é necessária e felizmente adstrito e inseparável (ver foto), e esta gente que insiste em torrar não despicienda fatia da herança paterna que tanto jeito daria numa emergência.
E não o fazem timidamente, não senhor: ele é despedidas de solteiro, copos de água com largo festim de carne tenra e especiarias, bodas na igreja para abençoar os casamentos menos católicos e inglês ver, luas-de-mel nos destinos exóticos a que ainda há um par de anos torciam o nariz, por não estarem dentro das suas possibilidades como destino de férias…
E no final? Bom, conhecem decerto a anedota que fala das semelhanças (verídicas!) entre a ex-mulher e o furacão Katrina: quando chega, vem molhada por baixo; depois vira-nos de cabeça para os pés e, quando finalmente se vai embora, leva-nos a casa e o carro…

[não me digam que, com este ambiente, ainda estão preocupados com os direitos da imagem]

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