

Só posso jogar à baliza, sob pena de ser mais um caso de morte súbita em campo. Nem subir escadas, quanto mais jogar avançado. Falho na defesa dos remates que não vão mais ou menos à figura, e também daqueles que pensava que não iriam à figura, acabando por me desviar de bolas fáceis. Como é a brincar, perdoam-me quase tudo. A não ser quando agarro a bola na sequência de um atraso, ou mesmo a deixo entrar. Acontece aos melhores.
Bom, hoje, como já perceberam, dói-me o orgulho, como ouvi dizer a um personagem do grande Quino. Lesionei-me por não ter sabido defender um petardo disparado a uns bons vinte metros da baliza (é muito num campo de futsal). A bola torceu-me o pulso, a malandra. E o jogador adversário, em vez de compreender que eu ainda não jogo muito bem, como certamente virei a jogar (aos 34 há grande margem de progressão), rematou com muita força, é pá com força também eu…
É uma pena, porque, como todos os homens sabem, um pulso flexível e um punho em boa forma fazem muita falta para uma série de actividades de lazer. O jogador que rematou aquela bola devia saber isso e a própria bola também. Estão a pensar em coisas lascivas, não é? Fiquem sabendo que é saudável e nunca nos devemos arrepender. Vou directo ao assunto, parafraseando outro monstro da comédia, Woody Allen: «there’s nothing wrong about it, it’s having sexual intercourse with someone i like».
Sem comentários:
Enviar um comentário