terça-feira, 15 de maio de 2007

What a difference a day makes

Vira uma pessoa costas a este blog por dois dias e acontecem destas… há por aí, como diria o bom Jorge Nuno, um indibíduo que eu nôn conheço de lado nenhum a enviar posts desengraçados sobre a sua vida privada. Enfim. Vamos esperar que o sujeito cresça e volte a ser tão engraçado como era quando era pequenino.

Volta uma pessoa costas a este blog por dois dias, dizia eu, começando a convencer-se daquilo que todos já constataram, não sem algum embaraço (que nós não temos piada), eis senão quando nos chega um presente que nos faz pensar que talvez seja desta, como o bom do sportinguista no início de cada campeonato. Lembram-se do Gato Fedorento dizer que tinha tido uma semana pouco inspirada e depois Pedro Santana Lopes lançou um livro? Pois connosco, salvaguardando as devidas distâncias, aconteceu coisa parecida. Enviaram-nos um artigo delicioso sobre mais uma posta de arenque fumado ao bom estilo Miguel Sousa Tavares (MST) e pronto, lá têm vocês que gramar mais esta.

O Miguel, que como é sabido, defende a canonização de Pinto da Costa e de todos os fumadores de cigarros, charutos e tudo o mais que potencialmente transforme um homem são numa daquelas fábricas dos séculos XIX, XX e XXI, sem filtros para a exaustão de gases tóxicos, a apodrecer de vários cancros, ignorado num qualquer hospital de província, ventilado e entubado por todos os poros.

O Miguel, cujo raciocínio acutilante não deixamos todavia de admirar (principalmente quando em silenciosa meditação), disse, no único canal que se dispõe a dar voz à sua critica semanal, feita normalmente em tom arruaceiro e voz de bagaço, que as perigosas criancinhas que os pais levam para todo o lado, inclusivamente cafés e outros espaços fechados, são muito mais nocivas que os fumadores. Que mais vale um cigarro na mão e um fumador num café do que uma criança perversa a fazer pleno uso dos sadios pulmões que Deus lhe deu.

Acho que devemos solidarizar-nos com MST e proibir a entrada a crianças e seus acompanhantes, nos cafés. Sim, as crianças e os bebés chorões que gritam e berram e guincham e vociferam quando a caca lhes arde nas fraldas. Para alem disso, promover o livre e são exercício do acto de fumar cada vez mais, em espaços cada vez mais fechados. Poderíamos pensar até em promover o fumo até à intoxicação mortal das ditas crianças, que assim deixariam automaticamente de gritar.

E a legislação? Pensam que diz alguma coisa de crianças aos gritos nos cafés? Completamente omissa. Defende a legislação a prática de corrupção ao estilo do bom Jorge Nuno? Também não. Olhem que é má vontade. O Miguel, digamo-lo aqui sem rodeios, é, também ele, uma vítima do sistema. Ainda há quem estranhe aquele ar de quem não dorme há mais de três quinze dias?

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