quarta-feira, 30 de maio de 2007

Perdido

Ontem, às 17:21:54, eu estava em Lisboa, onde permaneci durante todo o restante dia, e de onde não saíra até àquela hora. Mas, nesse momento, procurava o Pátio do Salema, perto da Baixa.
É um típico pátio alfacinha sem nada de especial a não ser o facto de que quem não é de lá se vê quase sempre confrontado com a impossibilidade de o localizar.
Eu estava perto, mas a verdade é que não o encontrei antes das oito e picos, apesar da conjugação da boa-vontade de vários transeuntes, a quem pedi ajuda e um GPS, e que mesmo assim ouvi com a atenção que sempre dedico aos simpáticos habitantes da nossa capital. Mesmo quando, como foi o caso, alguém que ostenta a farda da Câmara Municipal de Lisboa me responde «o senhor desculpe mas eu não sou daqui». Ou apregoar «o sôr controla aqui já esta rula [rua] e vai encontrar o Pátio do Cinema no vão duma contra-escada [sic] que hai lá». Nada. Talvez seja por isto que se diz popularmente que quem lá vive está mais salvaguardado que quem mora no rossio de Freixo de Espada à Cinta.
Conta a lenda que um conhecido mercador de Veneza, que Shakespeare aliás nunca conheceu, se perdeu à procura do dito pátio e nunca mais ninguém o viu.

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